Enquanto o Brasil aguarda por sinais mais nítidos de recuperação econômica, o mercado imobiliário demonstra confiança por uma retomada em 2019.
O setor, que foi um dos mais afetados pela crise iniciada em 2015, tem o viés positivo confirmado por diversos dados, como o aumento na disponibilidade de crédito, nas vendas e no número de novos lançamentos.
De acordo com informações do Secovi-SP (Sindicato da Habitação), foi registrada expansão nas vendas de 26,7% ao longo do ano passado, índice que superou o volume dos quatro anos anteriores. Os lançamentos, por sua vez, tiveram alta de 4,4% nos lançamentos.
Na visão da entidade e de diversos agentes do mercado, entre as razões para o otimismo estão a retomada da oferta de crédito em 2018, que subiu 33% em relação a 2017, para R$ 57,4 bilhões, com a venda de 228 mil imóveis entre novos e usados, 30% mais do que no ano anterior.
Outro fator que ajuda no clima de confiança dos empresários do setor está na perspectiva de redução dos estoques de imóveis. Somente na Capital paulista, em dezembro do ano passado, 22,3 mil unidades à venda.
Ainda no final de 2018, conforme dados da Embraesp (Empresa Brasileira de Estudos de Patrimônio), a cidade de São Paulo registrou 7.720 unidades residenciais lançadas, resultado 27,2% superior ao mês de novembro (6.068 unidades) e 20,8% abaixo do de dezembro de 2017 (9.750 unidades).
Além disso, a reação também foi sentida em outras capitais, como Porto Alegre (RS). Em matéria publicada no Jornal do Comércio, foi destacado que incorporadoras, construtoras e imobiliárias que estavam parados voltaram a ser requisitados.
A pesquisa Índice de Expectativa do Mercado Imobiliário levou uma injeção de ânimo sobre o último trimestre do ano passado, e a confiança atingiu uma alta recorde em comparação aos números pesquisados desde 2015. Os gráficos do estudo apontam que o quarto trimestre (de outubro a dezembro) de 2018 foi, sem dúvida, o período de maior pico de otimismo do mercado – estendido durante janeiro de 2019.
Por fim, há uma tendência do mercado apostar que a taxa básica de juros (Selic) deverá continuar em 6,5% ao ano e a alta deverá ocorrer somente na segunda metade de 2019. O relatório semanal Focus, que reúne previsões de economistas ouvidos pelo Banco Central, divulgado em dezembro de 2018, mostrou que os analistas estão mais otimistas com a inflação de 2019, tanto que reduziram pela quarta vez seguida a previsão para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), de 4,12% para 4,11%, índice inferior ao centro da meta estipulada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), de 4,25%.
FUNDOS
A melhoria do ambiente econômico também pode favorecer os Fundos Imobiliários. Entre as opções mais destacadas por especialistas estão aqueles ligados aos imóveis comerciais, como shoppings e galpões logísticos, que já acenam para redução da taxa de desocupação.
O mesmo movimento também tem sido observado na área de locação de edifícios de alto padrão construtivo nos centros comerciais mais valorizados de São Paulo.
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