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roger457

Trump perde em números, mas mantém força no Congresso

As eleições legislativas americanas deste ano trouxeram sentimentos mistos ao presidente Donald Trump.


Se por um lado, aumentou seu domínio no Senado, a perda de maioria na Câmara pode emitir sinais para a campanha de 2020.

O primeiro deles é que o Partido Democrata optou por reforçar bandeiras identitárias, como o feminismo, imigração e problemas raciais.

Esta opção fez com que o partido segmentasse uma parte de seu eleitorado e os resultados se mostraram satisfatórios. O novo Congresso terá 22% de mulheres e na linha da representatividade ainda pode se destacar a presença de indígenas, muçulmanas e refugiadas.


Segundo artigo publicado no jornal ‘O Estado de São Paulo’ no Senado, Arizona e Tennessee elegeram mulheres pela primeira vez. No Texas, um dos estados com a maior população de latinos no país e reduto republicano, elegeu pela primeira vez duas legisladoras latinas.


Além disso, a ala socialista do Partido Democrata também registrou crescimento de 5 mil integrantes, em 2015, para 52 mil atualmente.

A expansão desse segmento pode trazer bandeiras como a implantação de um sistema público gratuito de saúde, algo nos moldes do já esvaziado Obamacare. Os socialistas obtiveram vitórias importantes nas primárias do Partido Democrata e concorreram em todos os níveis nestas eleições.


Caso suas pautas sejam adotadas pelo candidato do partido em 2020, o trabalho de Trump pode ser facilitado, justamente pelo político ter sido eleito em uma plataforma de combate à uma agenda mais progressista.


Entre os nomes especulados para a disputa estão o do ex-vice-presidente Joe Biden, do ex- prefeito de Nova York, Michael Bloomberg e também de Bernie Sanders, que perdeu as prévias para Hillary Clinton, em 2016.


TRANQUILIDADE

A garantia de domínio no Senado – 51 senadores contra 44 – também oferece ao presidente a chance de indicar mais nomes à Suprema Corte.


Outro ponto que merece atenção é que os Republicanos mantiveram nomes importantes como Ted Cruz, do Texas, que derrotou o democrata Beto O’Rourke e que pode oferecer votos importantes em um reduto tradicional do partido.


As eleições de 2020 devem ser ainda mais disputadas do que as de 2016.

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