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Jair Bolsonaro, o novo presidente

  • roger457
  • 18 de jul. de 2019
  • 2 min de leitura

Com mais de 55% dos votos, Jair Messias Bolsonaro foi eleito o novo presidente do Brasil. Após uma campanha acirrada e que reservou lances surpreendentes, violência e uma derrota histórica das esquerdas, o deputado federal terá um grande desafio pela frente.


Tudo começa em tentar garantir uma maioria no Congresso. O partido do novo presidente, o PSL, fez 52 deputados e 4 senadores, além de ter eleito 3 governadores.

Sendo assim, Bolsonaro terá que negociar para conseguir maioria na tentativa de aprovar mudanças na Constituição e também as necessárias reformas, como a da Previdência e a Tributária.

A vantagem, em um primeiro momento, é que por não ter feito uma grande coligação e obtido apoios ligados à bandeiras como o agronegócio e grupos religiosos, o apoio por afinidade, sem a chancela partidária, poderá ser mais fácil de ser conseguido.


Por outro lado, com a ideia de redução de ministérios (de 29 para 15) e com a venda de estatais, restarão menos cargos políticos para indicação, o que pode afastar do campo governista as legendas mais acostumadas com o toma lá da cá.


A formação da oposição ao novo governo deve orbitar entre o PT, que ainda busca encontrar um caminho após a prisão do ex-presidente Lula e do PDT, que teve em Ciro Gomes, terceiro colocado nas eleições, um nome que tentará liderar o campo esquerdista em 2022.


Outro ingrediente político que também deve ser observado será a relação de Jair Bolsonaro com a imprensa. Tensões criadas durante a campanha, principalmente com o jornal Folha de São Paulo, podem afetar a distribuição de verbas estatais para os veículos de comunicação.


ECONOMIA


A confirmação, dada durante a campanha, de que o economista Paulo Guedes será o ministro da Fazenda, também deu liberdade para que se desenhe a nova equipe que será responsável pelos rumos da economia.


Existe a possibilidade de alguns nomes do governo do presidente Michel Temer ficarem na nova composição, como o de Mansueto Almeida. Já o Banco Central, o Banco do Brasil e a Caixa ainda não possuem perspectivas de como serão ocupadas e qual o perfil dessas nomeações.


Outro ponto que será bastante discutido é a agenda de privatizações, que podem garantir a entrada de recursos importantes para o novo governo, principalmente no primeiro ano.


TRANSIÇÃO


A mudança de comando, assim como foi em 2002, promete ser tranquila. Michel Temer já disponibilizou espaço em Brasília para que seja formada a equipe que fará a transição. Este aspecto pode trazer mais tranquilidade ao mercado, apesar de que declarações fora do tom ou indefinições na formação da equipe econômica possam causar algum ruído nas próximas semanas.

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